Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes que afeta os olhos. É causada por danos nos vasos sanguíneos do tecido sensível à luz na parte de trás do olho (retina). No início, a retinopatia diabética pode não causar sintomas ou apenas problemas leves de visão. Quando não acompanhada e tratada adequadamente pode levar à cegueira. Por isso, ter um acompanhamento especializado é essencial para se evitar a complicação da doença.

Fatores de Risco

Qualquer paciente que sofre com diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 pode ser acometido (a) pela retinopatia diabética. E quanto maior o tempo de doença e descontrole do açúcar, maior o risco do(a) paciente sofrer complicações oculares. Além disso, temos algumas outras situações que podem desencadear o problema:

• Pressão alta
• Colesterol alto e triglicérides elevados (dislipidemia)
• Gravidez
• Tabagismo
• Comprometimento dos rins (nefropatia)

Diagnóstico de Diabetes?

Devo consultar um oftalmologista?
Sim!

O 1º passo para prevenir a perda da visão é a gestão cuidadosa do seu diabetes. Mesmo que você não perceba nenhum tipo de comprometimento em sua visão, é essencial consultar um oftalmologista especializado para um exame oftalmológico anual com dilatação e avaliação da retina.

Diabetes gestacional ou antes de engravidar podem aumentar o risco de retinopatia diabética?
Sim! Seu obstetra certamente solicitará um acompanhamento para exames ao longo da gestação.
Aqui é um cuidado extra para se evitar complicações totalmente desnecessárias.
Alterações repentinas na visão merecem cuidados imediatos.

Converse com seu obstetra e receba uma orientação especializada.

Sintomas da retinopatia diabética

Embora a retinopatia diabética possa ser assintomática em estágios iniciais, à medida que a condição vai se complicando, podemos apontar alguns sintomas como:

• Visão embaçada ou flutuante
• “Moscas” volantes
• Áreas escuras ou vazias em sua visão
• Perda de visão

Prevenção da retinopatia diabética

Embora não tenhamos como garantir que você não desenvolva o problema, invista em atitudes que ajudam a prevenir a perda severa da visão como:

• Exames oftalmológicos regulares
• Tenha um bom controle do açúcar no sangue
• Mantenha seu controle clínico o mais próximo possível da normalidade, especialmente sua pressão arterial, níveis de colesterol e triglicérides no sangue e seu rim com funcionamento normal.

Diagnóstico

Na própria consulta, após a dilatação da pupila é realizado um mapeamento da retina, para diagnóstico da retinopatia diabética. Outros exames adicionais podem ser necessários, como a angiografia com fluoresceína e a tomografia de coerência óptica (OCT).

Tratamentos

A retinopatia diabética é uma doença crônica que necessitará de acompanhamento multidisciplinar e vitalício. O tratamento visa retardar ou interromper a progressão da doença.

O acompanhamento com o endocrinologista para o controle do açúcar no sangue e dos outros fatores de risco descritos acima é essencial para evitar a progressão da doença tanto em estágios iniciais como os mais avançados. Em casos de Retinopatia diabética avançada ou edema macular, alguns tratamentos poderão ser utilizados:

  • Injeção intravítrea de medicamentos. São dois tipos de fármacos:
    1. os anti-angiogênicos ou inibidores do fator de crescimento endotelial vascular (anti-VEGF). Há três tipos em uso: bevacizumabe (Avastin), ranibizumabe (Lucentis) e aflibercepte (Eylea);
    2. Corticoterapia intravítrea. Dois tipos de medicamentos: triancinolona e implante intravítreo de dexametasona (Ozurdex). Há indicações específicas para tratamento com cada uma das classes de medicamentos. Seu oftalmologista deverá detalhar esta escolha no início do seu tratamento.
  • Fotocoagulação – Tratamento a laser focal realizado na própria clinica para tratar vazamentos de vasos sanguíneos anormais. Utilizado para reduzir o agravamento de edema macular, em geral associado à injeção intravítrea de medicamentos.
  • Fotocoagulação panretiniana – tratamento a laser também realizado na própria clínica voltado a tratar novos vasos sanguíneos anormais fazendo com que encolham e cicatrizem. Indicado para tratar uma forma mais grave da doença, chamada de retinopatia diabética proliferativa.
  • Vitrectomia – Este procedimento é realizado no centro cirúrgico ou hospital, com anestesia local e sedação, e visa remover o sangue localizado no vítreo (região central do olho) ou dissecar áreas de descolamento da retina, do tipo tracional. Ambas as indicações são formas de tratamento do subtipo grave da retinopatia diabética proliferativa.

Ouça o Podcast sobre Retinopatia Diabética com o Dr. Sergio Pimentel – Canal OFT-Cast

Dr. Sergio Gianotti Pimentel

Especialista em Procedimentos e Cirurgias no tratamento da Retinopatia Diabética

Chefe do Setor de Retina, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Doutorado – Universidade de São Paulo
Residência em Oftalmologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Graduação em Medicina, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Fellowship Internacional, Beaumont Hospital, Michigan, USA
Fellowship em Uveítes, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Fellowship em Retina, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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